“A perfeição não é o objetivo final, mas, sim, a busca incansável por melhorar e superar os nossos limites” (Richard Bach).
Ainda que exista uma linha fina entre perfeição e excelência, usamos esses termos cotidianamente como se tivessem o mesmo significado. Perfeição é um estado livre de defeitos, erros ou falhas, enquanto excelência se refere a um padrão de qualidade excepcional, um desempenho superior em uma determinada área.
Grandes filósofos, como Santo Agostinho, Kant e Nietzsche, exploraram o conceito de perfeição em diferentes contextos. Platão e Aristóteles discutiram a importância do autodesenvolvimento e da busca por excelência como uma forma de superar as limitações e imperfeições humanas.
O esporte é uma área que exemplifica bem essa obsessão pela busca da perfeição e superação de nossas limitações.
Michael Jordan, por exemplo, considerado um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos, era conhecido por sua obsessão pela perfeição, dedicando-se incansavelmente aos treinos e a cada aspecto do jogo.
O velocista jamaicano Usain Bolt, “o homem mais rápido do mundo”, também ficou conhecido por sua busca incessante pela perfeição em suas corridas, desde sua técnica de largada até o desempenho na linha de chegada.
Continuando ainda no esporte, mas na área de inteligência e comando, Toto Wolff, o bilionário austríaco que, à frente da equipe de F1 da Mercedes Benz, colecionou oito títulos do campeonato de construtores, sete de pilotos e 115 vitórias em Grandes Prêmios, é mencionado como sendo obcecado pela perfeição.
A perfeição em nossa carreira profissional pode envolver diversos aspectos que, sobretudo, atendam às nossas expectativas, como o desenvolvimento de competências e habilidades técnicas, a concretização de metas, resultados e o desenvolvimento contínuo. O importante é definir metas realistas, valorizar o progresso e encontrar satisfação nas tarefas e responsabilidades relacionadas à nossa missão.
Albert Camus, Prêmio Nobel de Literatura, que explorou em suas obras a condição humana e a imperfeição própria do mundo, nos diz: “Não há perfeição, apenas seres humanos cheios de defeitos”.
Embora seja verdade que possamos estar cheios de defeitos, a busca contínua por perfeição ou excelência pode levar a avanços significativos tanto no campo profissional quanto no pessoal. O erro pode estar em acreditar apenas no talento inato, ou seja, algo que se possui naturalmente. Cabe a nós expandir nosso potencial, crescer, desenvolver habilidades e subir de nível. Isso é compreender que é preciso remar contra a maré, já que “quando se trata de falhas, os seres humanos têm um talento natural”.